Chica Da Silva e o mito da democracia racial a partir dos romances de Paulo Amador E João Felício Dos Santos
Resumo
Esta pesquisa objetivou investigar a partir das obras literárias Rei Branco, Rainha Negra (1971) de Paulo Amador e Xica da Silva (1976) de João Felício dos Santos como o romance interracial da ex-escrava Chica da Silva e do poderoso contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira no século XVIII no arraial do Tejuco nas Minas Gerais é tomado como exemplo da democracia racial brasileira. As obras de Paulo Amador e João Felício dos Santos entendem a união de João Fernandes de Oliveira e Chica da Silva como um sinal da tolerância existente entre brancos e negros, e de como as relações raciais que se desenvolviam no Brasil eram brandas e suaves, sem tensões, sob os auspícios de uma pretensa democracia racial que encobria o preconceito, como uma violência lancinante sobre a mulher negra. Dessa forma, este artigo busca contribuir para a identificação de preconceitos, estereótipos e idealizações na construção das representações desta mulher mineira, bem como na investigação da produção de identidades femininas na literatura e no processo de desconstrução dessa identidade que não é natural nem imutável.
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