Tempo e revolução nos escritos do jovem Marx
Abstract
Embora tenha sido enquadrada em formas dogmáticas e canonizadas, a obra de Marx é sinuosa e apresenta itinerários diversos. Compreender os escritos marxianos significa retornar ao processo histórico no sentido de estabelecer uma leitura filológica que, conforme apontou Antonio Gramsci, é capaz de captar o ritmo de pensamento de autores, como Marx, que não publicaram sistematicamente suas obras. Nesse sentido, tomando como fontes os textos juvenis de Marx, produzidos entre 1843 e 1846, pretendemos apontar como o filósofo alemão elabora uma determinada consciência histórica que elege a revolução como momento redentor da humanidade. Nessa experiência temporal, o conceito de revolução apresenta uma temporalidade complexa, influenciada por uma sensibilidade romântica, na qual o desejo de ruptura se mistura ao de restauração da humanidade perdida.
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